sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Espiritualidade comprometida com o Reino de Deus - René Padilla

Olá, tudo bem?

Espiritualidade será o tema do próximo e último módulo dessa turma de especialização do curso de Missão Integral. Os encontros serão ministrados pela Miss. Durvalina Bezerra nos dias 03 e 04 de dezembro no Seminário do Betel Brasileiro em São Paulo.

Este é um tema fundamental não apenas para líderes, pastores e teólogos, mas para todos aqueles que foram chamados para viver como cidadãos do Reino de Deus nesta Terra. A vivência da fé e o contato constante com Jesus através dos "meios da graça", fortalecendo, renovando e direcionando o cristão para o propósito maior de Deus para sua vida, é um dos elementos que podem determinar como as pessoas vão encarar as diversas fases e circunstâncias da nossa existência.

René Padilla chama atenção para o livro de Harold C. Segura, por exaltar os benefícios de uma espiritualidade comprometida com os valores e propósitos do Reino Deus e creio que neste módulo a Miss. Durvalina Bezerra vai nos conduzir na exploração deste tema.

Abraços

Lauberti Marcondes

Espiritualidade Comprometida

A espiritualidade é um dos temas mais ignorados entre os evangélicos latino-americanos. Apesar da persistência do povo em ser religioso e da proliferação de diversas “religiosidades” nos últimos anos, a reflexão séria sobre espiritualidade continua sendo um tema pendente nas igrejas evangélicas na América Latina.

A espiritualidade atual carece de alicerces teológicos. Sua articulação escassa ou nula com temas fundamentais, como o reino de Deus, a encarnação e o modo de vida de Jesus, e a missão da igreja, revela sua falta de identidade evangélica. Os resultados são notórios: igrejas e crentes carentes de ideias, impregnados com as expectativas e os valores promovidos pelas teologias da prosperidade, pelo animismo mágico e pela moda psi quando se trata de religiosidade. Com essa tendência instituída, a espiritualidade evangélica se limita a seguir um manual trivial sobre “o eficaz”, “o extraordinário” ou o “sem estresse”. Essa espiritualidade, em última instância, se restringe aos seus tópicos preferidos e fica “desconectada” dos temas da vida real. Carece da força transformadora que vem do Espírito e que demonstra a autenticidade da experiência religiosa.

Para Que Serve a Espiritualidade? Livro de Harold Segura que reúne seis capítulos cujo fio condutor é o fato de todos tratarem de certos temas clássicos da teologia e da missiologia para construir o que poderíamos chamar de “uma espiritualidade de compromisso”. Juntos, os capítulos situam a espiritualidade no lugar preferencial que deve ocupar, por meio de uma referência apropriada ao reino de Deus e a sua justiça. Assim, a espiritualidade se transforma em um espaço que preenche a vida cotidiana de sentido transcendente, graças a sua identificação com o “projeto dos projetos”, e se alinha com o propósito salvífico de Deus, sem excluir nenhum aspecto. Em vez disso, leva os cristãos a assumirem uma série de compromissos reais e práticos com o mundo e os seres humanos a quem Deus deseja redimir.


Que este livro possa motivar o leitor a vincular mais intimamente sua fé e sua vida prática — a oração e a experiência cotidiana.


C. René Padilla






quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lausanne III - O futuro do Movimento por René Padilha

Caros,
 
Reencaminho um relato sobre o que foi o último congresso do Movimento de Lausanne sobre Missão Integral, ocorrido na África do Sul, no mês passado. Importantes reflexões de um dos maiores pensadores da igreja cristã latinoamericana sobre o tema.

 
Abraços,
 
Glayson Ferrari

René Padilha: O Futuro do Movimento de Lausanne

Os números relacionados com o Terceiro Congresso Internacional de Evangelização Mundial — que aconteceu na Cidade do Cabo, África do Sul, de 17 a 24 de outubro, sob o tema “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19) — são impressionantes. Estiveram presentes mais de 4 mil participantes de 198 países. Além disso, houve cerca de 650 sites de Internet conectados com o Congresso em 91 países e 100 mil “visitas” de 185 países. Isto significa que milhares de pessoas de todo o mundo puderam assistir às sessões por meio da Internet. Doug Birdsall, o presidente executivo do Movimento de Lausanne, provavelmente tem razão em afirmar que Cidade do Cabo 2010 foi “a assembleia evangélica global mais representativa da história”. Sem dúvida, este resultado foi alcançado, em grande medida, por meio de seu longo esforço.



Igualmente impressionantes foram os muitos arranjos práticos que se fizeram antes do Congresso. Além do difícil processo de seleção dos oradores para as plenárias e para os “multiplexes” (seminários) e as sessões de diálogo, dos tradutores e dos participantes de cada país representado, havia duas tarefas que devem ter envolvido muito trabalho antes do Congresso: a Conversa Global de Lausanne, para possibilitar que muita gente ao redor do mundo fizesse seus comentários e interagisse com outros, aproveitando os avanços tecnológicos contemporâneos; e a redação da primeira parte (a teológica) do Compromisso da Cidade do Cabo, redigida pelo Grupo de Trabalho Teológico de Lausanne, sob a direção de Christopher Wright.



Uma avaliação positiva de Lausanne III


A melhor maneira de comprovar o valor de uma conferência como Lausanne III é analisar os resultados concretos que ela produz posteriormente em relação com a vida e missão da igreja. Por esta razão, a avaliação presente da conferência que acaba de ser realizada na Cidade do Cabo tem que ser considerada como nada mais do que uma avaliação preliminar.


Cada um dos seis dias de programa (com um dia livre entre o terceiro e o quarto) tinha um tema:

1) Segunda-feira – Verdade: Defender a verdade de Cristo em um mundo pluralista e globalizado.

2) Terça-feira – Reconciliação: Construir a paz de Cristo em nosso mundo dividido e ferido.

3) Quarta-feira – Religiões Mundiais: Testemunhar o amor de Cristo a pessoas de outras crenças.

4) Sexta-feira – Prioridades: Discernir a vontade de Deus para evangelização deste século.

5) Sábado – Integridade: Chamar a igreja de Cristo de volta à humildade, integridade e simplicidade.

6) Domingo – Parceria: Formar parceria no corpo de Cristo rumo ao novo equilíbrio global.


Cada um destes temas chaves, qualificados como “os maiores desafios para a igreja na próxima década”, era o tema de estudo bíblico e da reflexão teológica a cada dia pela manhã. O texto bíblico que se usava na série intitulada “Celebração da Bíblia” era a carta aos Efésios. Um dos aspectos mais positivos do programa foi o estudo indutivo da passagem do dia, em grupos de seis membros sentados ao redor de uma mesa. Isto deu aos membros do grupo a oportunidade de aprender juntos, de orar uns pelos outros, desenvolver novas amizades e construir alianças para o futuro. Ao estudo bíblico em grupos, seguia a exposição da passagem de Efésios selecionada para esse dia. Sem minimizar a importância da música, do teatro, das artes visuais, dos testemunhos e das apresentações multimídia, uma alta porcentagem dos participantes sentiu que o tempo dedicado a “Celebrar as artes” poderia ter sido reduzido para dar mais tempo para “Celebrar a Bíblia”, atividade que gostaram muito.


Cabe fazer uma menção especial aos vários testemunhos que foram dados nas sessões plenárias pela manhã por certas pessoas cuja experiência de vida ilustrava claramente o tema do dia. Quem que esteve ali poderia se esquecer, por exemplo, da jovem palestina e do jovem judeu que falaram juntos sobre o significado da reconciliação em Cristo acima das barreiras raciais? Ou da missionária estadunidense que falou sobre testificar do amor de Cristo a pessoas de outras religiões, contando como vários cristãos — incluindo seu esposo, médico de profissão — foram assassinados por muçulmanos enquanto regressavam de um povoado isolado onde haviam estado servindo movidos pela compaixão cristã no Afeganistão?


Nos multiplexes e nas sessões de diálogo de cada dia (à tarde), foram exploradas em profundidade as implicações práticas do estudo e da reflexão bíblicas da manhã. Certamente que o debate mais relevante
sobre os diferentes temas não se realizava necessariamente dentro dos limites de tempo definidos no programa mas nas conversas informais fora do programa oficial. De qualquer maneira, é um fato que muita da reflexão mais rica sobre os assuntos relacionados com os problemas globais contemporâneos se dava nas sessões da tarde. Estas sessões participativas, nas quais se levavam em conta a compreensão da diversidade de perspectivas representadas; a contextualização de idéias, modelos, contatos e materiais; e o compromisso para articular planos de ação, serão a base para a segunda parte do Compromisso da Cidade do Cabo. O plano é publicar o documento de duas partes (a teológica e a prática) com um guia de estudo no fim de novembro.


Dos vinte e dois multiplexes que se ofereceram durante o Congresso, houve especialmente três que enfocavam assuntos que poderiam ser considerados como os mais críticos para o hemisfério Sul: a globalização, a crise ambiental e a relação entre riqueza e pobreza. Estes três fatores estão vinculados intimamente entre si e, em vista do enorme impacto que produzem em milhões de pessoas no mundo das grandes maiorias, merecem muito mais atenção que receberam até o momento por parte do movimento evangélico.


Sérias deficiências


Segundo a definição oficial de sua missão, o Movimento de Lausanne existe para “fortalecer, inspirar e equipar a Igreja para a evangelização mundial em nossa geração, e exortar os cristãos sobre seu dever de participar em assuntos de interesse público e social”. Uma análise detalhada desta definição expõe a dicotomia que influenciou um grande segmento do movimento evangélico, especialmente no mundo ocidental: a dicotomia entre evangelização e responsabilidade social. Por causa desta dicotomia, relacionada estreitamente com a dicotomia entre o secular e o sagrado, o Movimento de Lausanne se propõe a “fortalecer, inspirar e equipar a Igreja para a evangelização” mas só “exortar os cristãos” a respeito de sua responsabilidade social. O pressuposto que está implícito é que a missão prioritária da igreja é a evangelização, concebida em termos de comunicação oral do Evangelho; enquanto que a participação em assuntos de interesse público e social — as boas obras por meio das quais os cristãos cumprem sua vocação como “luz do mundo” para a glória de Deus (Mateus 5:16) — é um dever secundário, para o qual os cristãos não necessitam ser fortalecidos, inspirados e equipados, apenas exortados.

Na exposição bíblica de terça-feira, baseada em Efésios 2 (o segundo dia do Congresso), esclareceu-se, a partir do texto bíblico, que Jesus Cristo é nossa paz (v.14), fez nossa paz (v.15) e anunciou paz (v.17). Em outras palavras: em Cristo, o ser, o fazer e o proclamar paz (shalom, vida em abundância) são inseparáveis. A igreja é fiel ao propósito de Deus na medida em que ela prolonga a missão de Jesus Cristo na história, manifestando a realidade do Evangelho concretamente não apenas pelo que diz, mas também pelo que é e pelo que faz. A missão integral da igreja está enraizada na missão de Deus em Jesus Cristo, missão que envolve toda a pessoa em comunidade, a totalidade da criação e cada aspecto

da vida.


A exposição bíblica baseada em Efésios 3, no dia seguinte, pôs em relevo a necessidade urgente que o Movimento de Lausanne tem de esclarecer teologicamente o conteúdo da missão do povo de Deus. Em contraste com o que se disse no dia anterior, o pregador designado para a quarta-feira afirmou que, se bem que a igreja se preocupa com toda a forma de sofrimento humano, ela se preocupa especialmente pelo sofrimento eterno e, conseqüentemente, está chamada a dar prioridade à evangelização dos perdidos.


Uma séria deficiência de Lausanne III foi não dar tempo para a reflexão séria sobre o compromisso que Deus espera de seu povo em relação à sua missão. Lamentavelmente, não houve tempo para dialogar sobre o Compromisso da Cidade do Cabo, sobre o qual o Grupo de Trabalho
Teológico, dirigido por Christopher Wright, tinha trabalhado por um ano com a intenção de circulá-lo no começo do Congresso. Compartilhou-se o documento apenas na sexta-feira à noite, e não foram tomadas medidas para que os participantes escrevessem pelo menos seus comentários pessoais antes do encerramento da conferência em resposta a perguntas específicas. Segundo o Comitê Executivo, não havia tempo para isso! A postura negativa assumida pelos organizadores do programa a respeito da recomendação de um grupo de participantes anciãos interessados em conseguir que todos os participantes vissem o documento como algo seu, não apenas conspira contra esse propósito. É também um sinal de que o Movimento de Lausanne está ainda muito longe de alcançar a parceria sem a qual não tem base para se considerar um movimento global.


Em comparação com o tratamento que recebeu o documento produzido pelo Grupo de Trabalho Teológico, dedicou-se, na quarta-feira, toda uma sessão plenária à estratégia para a evangelização do mundo nesta geração — uma estratégia elaborada nos Estados Unidos baseada numa lista de “grupos de povos não-alcançados” preparada pelo Grupo de Trabalho Estratégico de Lausanne. Tal estratégia refletia a obsessão pelos números, típica da mentalidade de mercado que caracteriza um setor do movimento evangélico dos Estados Unidos. Por outro lado, segundo muitos participantes do Congresso que conhecem de primeira mão as necessidades de seus respectivos países em relação à evangelização, a lista de grupos de povos não-alcançados não fazia justiça à situação real. Curiosamente, não constava na lista nenhum grupo não-alcançado nos Estados Unidos!


Outra deficiência de Lausanne III foi que, como destacou o Grupo de Interesse em Reconciliação, não se fez nenhuma menção oficial ao fato de que o Congresso estava sendo realizado num país que até poucos anos estava dominado pelo Apartheid e ainda sofre a injustiça social resultante desta política. Na realidade, o Congresso realizou-se no Centro Internacional de Convenções que foi construído sobre o terreno que se reivindicou com os escombros do Distrito Sul da Cidade do Cabo quando, em 1950, esse distrito foi declarado uma zona exclusiva para brancos. Conseqüentemente, cerca de 60 mil habitantes negros foram expulsos da área à força e seus lares foram arrasados por completo. Entretanto, os organizadores da Cidade do Cabo 2010 fizeram ouvidos surdos ao pedido do Grupo de Interesse em Reconciliação que rechaçasse oficialmente “as heresias teológicas que deram sustento ao Apartheid” e lamentasse “o sofrimento sócio-econômico que é o legado atual do Apartheid”. Alguém pode se perguntar quão sério são os líderes do Movimento de Lausanne em seu compromisso com o Pacto de Lausanne, segundo o qual “a mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam” (parágrafo 5).


A parceria na missão e o futuro do Movimento de Lausanne


Um fato que hoje reconhecem e mencionam com freqüência aqueles que têm interesse na vida e missão da igreja em nível global é que, nas últimas décadas, o centro de gravidade do cristianismo se deslocou do Norte e do Ocidente para o Sul e o Oriente. Apesar disso, com demasiada freqüência os líderes cristãos do Norte e do Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, continuam considerando que eles são os encarregados de desenhar a estratégia para a evangelização de todo o mundo. Como se afirma na página sobre o “Sexto Dia – Parceria” do livro que contém a descrição detalhada do programa do congresso, “o centro da liderança organizacional, do controle financeiro e das tomadas de decisão tende a permanecer no norte e no ocidente”.


Tristemente, o maior obstáculo para implementar uma verdadeira parceria na missão é a riqueza do Norte e do Ocidente; a riqueza que Jonathan Bonk, em seu importante livro sobre Missions and Money [Missões e dinheiro], descreveu como “um problema missionário ocidental”. Se é assim, e se o Movimento de Lausanne vai contribuir significativamente com o cumprimento da missão de Deus por meio do seu povo, chegou o momento de que a força missionária conectada com este movimento, incluindo seus estrategistas, renuncie ao poder do dinheiro e modele a vida missionária na encarnação, no ministério terreno e na cruz de Jesus Cristo.


Fonte: http://www.novosdialogos.com/blog.asp?id=40

 

 

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Comércio Justo e Sustentável - Glayson Ferrari dos Santos

Olá Gente!

Acabei de fazer uma análise do artigo "Comércio Justo e Sustentável" que Glayson Ferrari escreveu no livro Jardim da Cooperação, editora Ultimato.

Muito interessante o artigo e não vejo a hora do livro chegar para que eu possa degusta-lo

abraços

Lauberti Marcondes
http://diaconia-integral.blogspot.com/

Comércio Justo e Sustentável

Neste texto, o autor Glayson Ferrari dos Santos, trata da possibilidade de construir oportunidades econômicas mais justas através do “Comércio Justo e Solidário”. Para tanto, ele evoca conceitos biblico-teológicos, faz uma análise histórica do comércio internacional e pontua como esta forma de comércio justo pode ser uma alternativa econômica. É um artigo muito interessante, que fala de como surgiu este conceito e como ele é tratado no Brasil.

Na introdução, o autor procura demonstrar como os conceitos bíblicos orientam o ser humano a buscar relações comerciais mais justas e solidárias. Segundo ele, o mandato entregue ao homem por Deus para (cuidar) e dominar a terra, enfatiza a questão de poder e autoridade, mas que ao longo da história “foram usados como tradução dos termos egoísmo e edonismo”, algo que “acentuou na nossa sociedade um muro que separou pelo menos dois mundos de pessoas: as pobres e as ricas”. Ou seja, uma vez que o exercício desde domíno humano não foi segundo as orientações divinas ele produziu desigualdes sociais, uma lógica que é confrontada e invertida pelo conceito de serviço ao próximo introduzido por Jesus nos Evangelhos.

Desfa forma, o autor começou introduz o conceito bíblico da responsabilidade humana e seu mau uso, ressaltando que o plano de Deus não tem parte com este movimento marcado pela injustiça e pela exploração. Ele chama os seguidores de Cristo a batalhar pelo resgate do projeto divino. Este chamado é feito a partir do conceito de encarnação, que fala da espiritualidade que permeia “a vida cotidiana”, condenando a falsa dicotomia: espiritual x material. Algo que é essencial para um maior envolvimento cristão nas questões sociais, mas que poderia ter explorado também o exemplo encarnacional de Cristo, modelo e referência de seus seguidores.

O autor utiliza o conceito de mordomia cristã para concluir a parte da fundamentação, mostrando como os cristãos devem encarnar o modelo de Deus para exercer o domínio sobre o mundo através de uma atitude servidora. Penso que o autor foi muito feliz com esta introdução, pois além de uma crise teológica, temos uma crise de comportamento no meio evangélico.

Num mundo onde a economia reduz os postos de trabalho mais simples e aumenta as exigências de qualificação profissional para os novos empregos, os pobres estão cada vez mais sujeitos às injustiças. É neste cenário que os pequenos produtores estão migrando para o empreendedorismo informal ou unindo-se em grupos solidários para enfrentar os fatores que os impedem de acessar o mercado de forma mais justa.

Segundo o texto, esta é uma séria razão para os representantes do Reino de Deus entenderem que devem participar mais ativamente no processo de trazer justiça sobre a terra, evitando um caos completo na sociedade. Essa participação pode ser no sentido de colaborar para a eficácia organizacional de pequenos produtores, auxiliar no desenvolvimento da produção ou melhorar os processos de comercialização desses produtores.

Entretanto, esclarece que o principal fator que gera desigualdades são as estruturas econômicas vigentes. Algo que requer atuação no campo político, compreendendo os processos de decisão e influenciando as políticas nacional e internacional, as grandes empresas e, principalmente, os consumidores, pois entende que eles têm um papel fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável através do Comércio Solidário.

Achei interessante a forma como o texto equilibra as ações que precisam focar no campo da operação do comércio e aquelas que devem focar na estrutura do comércio, especialmente num país onde a carga tributária é um dos principais fatores que geram desigualdades sociais, pois os mais pobres pagam, proporcionalmente, mais impostos que os ricos, algo que inclusive o autor poderia ter mencionado.

O texto propõe que a Economia Solidária é a alternativa para construir uma economia justa e inclusiva, através de processos econômicos eqüitativos. Cita que o movimento no Brasil impulsionou a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária – Senaes, além de conferências, fóruns e o mapeamento dos empreendimentos solidários. Esclarece que, atualmente, o grande desafio do setor é concretizar os processos econômicos com os grupos que foram mobilizados, resolvendo o problema do acesso aos mercados.

É interessante o texto citar que o Comércio Justo nasceu na Europa, inicialmente, liderado por movimento de igrejas como forma de solidariedade, pois eu nunca tinha ouvido isso, o que me fez pesquisar e descobrir que se tratava, inicialmente, de grupos de jovens católicos holandeses que descobriram que a ajuda que faziam aos pobres não alterava as relações injustas pois não incidiam sobre as causas da miséria, o que gerou a proposta do “Comércio e não ajuda” para resolver a questão da injustiça social, algo que me causou uma agradável surpresa.

Apesar de no início ser um processo bem voluntário, o texto informa que atualmente as organizações se qualificaram e se especializaram nas diferentes frentes do comércio justo, tendo como principais valores a equidade entre homens e mulheres, a não-exploração da mão-de-obra infantil, a sustentabilidade ambiental, o preço justo, as relações solidárias e a transparência. Nesse movimento o Brasil passou de mero exportador de alguns produtos para um importante papel de influenciador das políticas internacionais.

No âmbito nacional o destaque é para o FACES, o Fórum de Articulação de Comércio Ético e Solidário do Brasil, que tem o objetivo de manter uma rede bastante conectada e ativa para potencializar as ações institucionais, ganhar força na mobilização e ter uma proposta política que, de fato, represente os interesses dos pequenos produtores, algo que é fundamental no momento em que o Senaes discute a normatização do Comércio Justo e Solidário no Brasil.

A partir de então, o texto passa a descrever algumas ações da ONG humanitária-cristã, Visão Mundial, que faz parte do FACES e tem atuado desde 1999, de forma pioneira, para fomentar o Comércio Justo e Solidário no Brasil, realiza através de ações como o Comércio Justo - Programa de Desenvolvimento Econômico e Justo, que assessora cerca de 6.000 pequenos produtores, da empresa Ética Comércio Solidário, que se dedica 100% ao comércio justo, através de seminários, publicações, exposições e diálogo com universidades, governos, empresários e a mídia.

Na ultima parte, recebem destaque alguns programas da Visão Mundial em parceria com a Igrejas evangélicas no nordeste do Brasil, algo que nos enche de esperança. Concordo com o autor quando diz que o Comércio Justo e Solidário é uma excelente ferramenta dada por Deus e que pode ser usada para promover a plenitude da vida na sociedade. Quanto a questão do engajamento cristão, parece que a Igreja precisa ser sempre exortada, mas neste artigo este aspecto toma uma direção nova pelo encorajamento dos exemplos citados. Enfim, achei o texto muito interessante e esclarecedor, um verdadeiro convite a esta proposta de revolução comercial que esta embebida de valores do Reino de Deus.
 
Glayson Ferrari dos Santos: Oficial de Programas do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento nos temas de Desenvolvimento Humano Local e Desenvolvimento Econômico. Ex-Assessor Internacional do Gabinete do Ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ex-Gerente Executivo de Comércio Solidário da ONG Visão Mundial, Mestre em Liderança e Desenvolvimento pela Eastern University, Especialista em Desenvolvimento Local pela OIT, Especialista em Comércio Internacional pela UFPE , Administrador de Comércio Exterior pela Newton Paiva, membro da Segunda Igreja Batista do Plano Piloto no DF. Consultor voluntário em diferentes projetos missionários e de igrejas.
 
O PROF. GLAYSON FERRARI MINISTROU O MÓDULO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO CURSO DE MISSÃO INTEGRAL DO SEMINÁRIO DO BETEL BRASILEIRO.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

CONVITE PARA A FUNDAÇÃO DA ALIANÇA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA

Olá Gente,
Dia 30/11/2010 acontecerá mais um evento histórico na vida da Igreja Evangélica Brasileira, a Fundação da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. Este será mais um capítulo importante na histórica dos evangélicos brasileiros, que segundo pesquisas da SEPAL estariam próximos da marca de 50 milhões de integrantes. 

No passado recente, um flanco dos evangélicos organizou em 1934 a Confederação Evangélica do Brasil (CEB), ligada ao movimento ecumênico e cujos trabalhos foram realizados em prol da unidade, desafios pastorais, visão educacional, missionária e de serviço ao próximo, destaque para a "Conferência do Nordeste" em 1962.  Este movimento durou até 1964, pois o golpe militar desarticulou de vez os trabalhos da CEB, fechando seminários e perseguindo pastores (Novo Rosto da Missão - Luis Longuini Neto) até através de suas próprias igrejas (Nossa Igreja Brasileira - Ariovaldo Ramos).

Durante o período da ditadura militar ao contrário da Igreja Católica, a Igreja Evangélica no Brasil fechou-se em sua quatro paredes eaos poucos foi cauterizando um projeto de espiritualidade e missão que dava prioridade ao vertical/espiritual em detrimento do horitontal/social.

Neste período de expressivo crescimento numérico, infelizmente a Igreja Evangélica Brasileira despontou seu rosto mais teologicamente conservador e fundamentalista, missiológicamente reducionista, politicamente direitista, socialmente alienado e culturalmente refratário (O Último Missionário - Carlos Caldas).

Saindo da vanguarda do processo histórico de formação da sociedade, a Igreja Evangélica Brasileira pegou carona no processo de redemocratização do Brasil que culminou com o movimento "Diretas Já", para ver surgir novas lideranças evangélicas e outras retornassem ao País. Desta forma em 1991, o templo da Igreja O Brasil Para Cristo Pompéia foi ocupado para a cerimônia de fundação da AEVB - Associação Evangélica Brasileira, um órgão nacional que congregava evangélicos de diversas vertentes e era liderado pelo Pr. Caio Fabio de Araújo Filho, que ganhou notoriedade com os programas da VINDE e o projeto FABRICA DA ESPERANÇA. O trabalho da AEVB foi ganhando corpo e visibilidade, com destaque para a participação na Campanha Contra a Fome do Betinho. Infelizmente este movimento perdeu sua força, principalmente porque estava atrelado umbilicalmente a figura do Pr. Caio Fabio que perdeu credibilidade no meio, por conta de problemas em seu primeiro casamento e envolvimento com políticos suspeitos.

Mesmo com um bom tempo de ostracismo representativo, diversas lideranças, igrejas, movimentos e redes evangélicas, aqui e ali, lá e acola estavam trabalhando, refletindo, e acima de tudo, buscando cumprir sua missão em terras tupiniquins. Quando em 2009 um grupo de líderes da igreja evangélica brasileira se reuniu e começou a conversar para formar e formatar um modelo de união evangélica que fosse democrática e representativa, algo que não estivesse apoiado apenas na figura de um líder carismático e de uma região do País. Com essa idéia no coração, o grupo contatou diversas lideranças e fez reuniões em vários estados para que chegassem juntos a um momento como este.

Tenho dito que perdemos um tempo precioso quando perdemos líderes proeminientes, que sustentam heroicamente as colunas deste edifício, onde  não há espaço para heróis, o que faz a Igreja ficar sempre orfã. Contudo, para glória de Deus, em vários cantos do Brasil, temos percebido o surgimento de uma liderança pés no chão, capaz de pensar e inspirar o povo brasileiro é prosseguir para o alvo de ser semelhante a Jesus. 

Vamos lá gente, fazer história dar respostas cristãs a realidade brasileira.

Abraços
Lauberti Marcondes
http://diaconia-integral.blogspot.com/
http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx?hl=pt-BR&tab=w0

"Nós amamos porque Jesus nos amou primeiro"


Date: Sat, 6 Nov 2010 07:30:48 -0200
Subject: UM CONVITE ESPECIAL PARA JUNTAR-SE CONOSCO NA FUNDAÇÃO DA ALIANÇA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA
From: aceb.secretaria@gmail.com

CONVOCAÇÃO SOMENTE PARA PASTORES E LÍDERES


Lançaremos em 30.11.2010 o movimento da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. Favor, visite o site: www.aliancaevangelica.org.br. No mesmo encontrará as seguintes informações:
1) Resumo da história do processo que nos levará a fundar em 30.11.2010 o movimento de uma aliança evangélica. Perceberá que esse movimento já é o resultado de muitas reuniões e de trabalho conjunto de várias redes e movimentos.
2) Carta de Diretrizes da Aliança Evangélica. O texto atual ainda terá novas inserções, pois, o movimento manterá em aberto o processo de escuta, enquanto aumenta sua densidade organizacional. A atual Carta de Diretrizes já nos permite ter as bases necessárias que expressam a nossa identidade evangélica e o nosso modus operandis.
3) Convite para a reunião de lançamento. Encontrará também no site mencionado acima um convite para reunião. No mesmo tem todos os detalhes do dia, local e programa proposto. Contudo, precisará confirmar a sua presença através do próprio site ou, se tiver problema com o formulário do site, confirme com Wilson Costa, pelo e-mail: aceb.secretaria@gmail.com. O espaço é limitado, receberemos somente Pastores e Líderes.
Sem mais, sua presença nos alegrará muito.
Comissão Organizadora do Movimento de Aliança Evangélica



CARTA-CONVITE
Minha oração não é apenas  por eles.
Rogo também por aqueles  que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em  ti que eles também estejam em nós,  para que o mundo creia que tu me enviaste
(João 17: 21-22)

São Paulo, 10 de Outubro de 2010.
 Aos pastores (as), líderes, Instituições, Organizações, Irmãos e Irmãs
de Igrejas Cristãs Evangélicas no Brasil
 Querido(a) Irmão e irmã,
Cremos que o Senhor tem nos liderado até aqui e juntos queremos celebrar este momento de unidade, visão, missão e recomeço da nossa caminhada como comunidade cristã evangélica do Brasil. Ao longo destes meses nos encontramos com muitos líderes e pastores de diferentes parte do Brasil afim de continuar o caminho daqueles que até aqui construiram nossa história e trilhar o que Jesus nos legou em sua oração sacerdotal.
 Em resposta ao chamado do Evangelho, tocados e convocados de novo por esta palavra de Jesus em  João 17 para a unidade testemunhal  e nos comprometendo ao testemunho de Jesus Cristo no  Brasil dos nossos dias, é que estamos nos reunindo mais uma vez e convocamos você a estar presente junto com a comissão inicial de trabalho desta Aliança* para:
  • apresentação da Aliança Evangélica, sua estrutura e documentos elaborados após encontros e consultas;
  • escolha do Conselho Geral da Aliança;
  • definição de estratégia para expansão da Aliança Evangélica para todo o território nacional.
 Agradecemos a Deus por sua vida, apoio e pela oportunidade de conversas, discussões e encontros que tivemos ao longo destes meses focando permancer e cresecer nessa jornada.
 DATA: 30 de Novembro de 2010
HORÁRIOS: 09:00h às 17:00h – Constituição e Deliberações
17:30h - Culto de Encerramento & Celebração

LOCAL: Igreja Metodista Central de São Paulo, localizada à Av. Liberdade, 659
Liberdade, São
Paulo, SP – (
0xx)11 3208-3288 / 11 3208-5895
CUSTO REFEIÇÕES: R$20,00
Ainda há muito trabalho e conversa pela frente mas cremos que mais uma oportunidade de recomeço nos é dada de responder  ao chamado do Evangelho.
Em não podendo estar conosco durante todo o dia 30 de Novembro, sua presença será muito benvinda para o culto de encerramento neste dia.
 Solicitamos sua confirmação de presença com Wilson Costa - Assessor Sênior do Grupo de Trabalho, pelo e-mail   aceb.secretaria@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Assim, poderemos nos programar quanto a logística para melhor produtividade e organização em nossas reuniões. Para maiores informações favor entrar em contato conosco via e-mail acima ou pelo telefone: 31 3423 1523 (Ana Flávia).
Em constante oração pela presença guiadora e  iluminadora do Espírito Santo. Paz e graça.
Valdir Steuernagel e Comissão de Trabalho
 * Para mais informações sobre a proposta da Aliança e nossa caminhada até aqui, favor entrar em contato com Wilson Costa.
Wilson Costa
Assessor Sênior da ACeB


sábado, 6 de novembro de 2010

Jardim da Cooperação - Editora Ultimato

Através do livro Jardim da Cooperação, a Rede Evangélica Nacional de Ação Social — RENAS quer fortalecer a base evangélica da ação social, compartilhar boas práticas, reflexões bíblicas e experiências históricas, para encorajar e capacitar organizações, igrejas e pessoas a promoverem a transformação integral.

As iniciativas sociais de evangélicos representam hoje uma contribuição considerável para a sociedade brasileira. Por causa da fragmentação e da falta de intercâmbio entre os evangélicos, estas iniciativas são pouco conhecidas.

Há organizações evangélicas cuja eficiência é reconhecida por especialistas. Há projetos como o Instituto Coração de Estudante, em Fortaleza, que em catorze anos favoreceu o ingresso de mais de cem estudantes carentes em Vinte diferentes cursos na Universidade Federal de Fortaleza. Há também as grandes organizações que participam de campanhas nacionais de defesa de direitos e integram redes que influenciam as políticas públicas. Podemos citar igualmente iniciativas históricas, como o Instituto Central
do Povo no Rio, que teve o seu certificado de filantropia assinado por Getúlio Vargas.

Não menos importante é a contribuição de um exército de mulheres e homens evangélicos anônimos que visitam Hospitais, presídios, moradores de rua, e que ocupam espaços nos conselhos municipais, como o da Criança e do Adolescente, da Saúde, da Educação, do Meio-Ambiente, conselhos tutelares e outros.

É incrível a variedade de públicos, de ênfases de trabalho e de programas nas ações desenvolvidas por organizações evangélicas. Desde o atendimento de crianças em creches à defesa de direitos, passando por reabilitação de dependentes químicos, centros produtivos, ações contra o racismo, educação ambiental e agroecologia, comércio solidário, apoio a viúvas e idosos. Vestir o nu, abrigar o órfão, a viúva e o estrangeiro, alimentar o faminto, dar água ao sedento e defender os seus direitos, são ações muito mais complexas nos nossos dias!

Temos uma visão otimista a respeito do que os evangélicos estão fazendo, mas não somos simplistas. Existem muitas coisas que precisam ser corrigidas. Há necessidade de capacitação e profissionalização. Algumas iniciativas têm pouco impacto e muitas delas se concentram nos efeitos, e não nas causas reais dos problemas. Além disso, há o perigo de secularização das ONG’s de orientação cristã. RENAS quer fortalecer a base evangélica da ação social e se identifica com os conceitos da missão integral. Sabemos que muito mais pode ser feito tendo em vista o número de evangélicos no país.

Esta é a vocação de RENAS: por meio da divulgação de boas práticas, reflexões bíblicas e de experiências históricas, queremos encorajar e capacitar organizações, igrejas e pessoas a não se conformarem com as estatísticas e a promoverem a transformação integral.

A justificativa para a existência de RENAS foi bem definida pelo pastor Ariovaldo Ramos: “A existência de um movimento como RENAS é a consciência de que alguém tem um direito que não está sendo satisfeito, observado. Alguém tem uma necessidade que não está sendo satisfeita. Alguém tem uma carência, e tem o direito de ser assistido.

Este é o princípio da Igreja de Cristo, sempre foi” (Trecho do capítulo Cooperativas do reino). Este livro é também uma comemoração dos cinco anos da formalização de RENAS. De 21 a 23 de março de 2003, no
colégio Pio XII, em São Paulo, SP, reunidas na Consulta da Rede Evangélica Nacional de Ação Social, cerca de cem pessoas, representando mais de oitenta organizações, definiram o norte de atuação, os princípios e os objetivos da rede. Em setembro de 2007 RENAS realizou no SESC Venda Nova, MG, o seu II Encontro com o tema “Caminhos alternativos Jardim da Cooperação
Desejamos que novos valores e novas práticas brotem a partir desta leitura.

Klênia César Fassoni, diretora administrativa da Editora Ultimato. Participou do Grupo de Trabalho que promoveu a Consulta de Renas em março de 2003 e atualmente integra o Grupo de Trabalho de Comunicação de Renas.

SUMÁRIO DO LIVRO


Parte 1 – Contribuições bíblicas para o entendimento das relações econômicas

1. Cooperativas do reino, Ariovaldo Ramos

2. Economia e plenitude de vida, C. René Padilla

3. O descanso e as terras livres, Milton Schwantes

Parte 2 – Exemplos históricos de “Redes Sociais Cristãs”

4. O cristianismo como rede de solidariedade, Gustavo A. Leal Brandão

5. Contribuição do Movimento Metodista para o entendimento da indissociabilidade entre evangelização e ação social, Welinton Pereira da Silva

Parte 3 – Panorama da assistência social no Brasil

6. Assistência social e o controle da sociedade, Sílvio Iung

7. A natureza e o papel das ONG’s e denominações evangélicas no terceiro setor no Brasil, Débora Fahur

8. Lançando a rede: um olhar antropológico sobre a constituição da RENAS, Flávio Conrado

Parte 4 – Redes, parcerias, participação popular e desenvolvimento social
9. A formação de redes para o desenvolvimento do terceiro setor, Cristiano R. Heckert e Márcia T. da Silva

10. Ação social e a participação, Jane Maria Vilas Bôas

11. Elaboração e gestão de projetos em parceria com o poder público: oportunidades e riscos, Werner Fuchs

12. A importância da gestão financeira no terceiro setor, Ilídio C. Oliveira Jr.

Parte 5 – Desenvolvimento comunitário

13. Crescendo rumo às intenções de Deus: a aplicação da cosmovisão cristã na área do desenvolvimento comunitário, Mauricio J. S. Cunha

14. Desenvolvimento local integrado e gestão compartilhada, Juarez de Paula

15. A produção social do habitat: estratégias para a sua implementação, Ademar de Oliveira Marques

Parte 6 – Geração de trabalho e renda

16. A agroecologia e a geração de trabalho e renda na agricultura familiar, Paulo Roberto B. de Brito

17. Fundos rotativos: uma alternativa de geração de autonomia, trabalho e renda,

Elza F. Gonçalves e Marcos Gilson G. Feitosa

18. Comércio justo e solidário – uma forma sustentável de fazer negócios, Glayson Ferrari Santos





Abraços
 
Lauberti Marcondes