segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Seleção para aulas de reforço em favelas

Olá Gente!

Uma ONG esta selecionando recém-formados para dar aulas de reforço em favelas por até R$ 2.500

Estudantes recém-formados em cursos universitários podem participar da seleção da do programa Ensina! que é uma versão brasileira de projeto de sucesso implantado nos EUA e em mais 12 países, o 'Teach for America'.
Para participar, é preciso ter graduação completa. Não há limite de idade, mas o público alvo são recém-formados em qualquer área, que darão aulas de Português, Matemática, Ciências e Inglês, para alunos do 6º ao 9º anos do ensino fundamental.
 
As inscrições serão abertas dia 16 de agosto até 20 de outubro e devem ser feitas pelo site http://www.ensina.org.br/ .

sábado, 21 de agosto de 2010

Campanha BRASIL2010: Alcançar 20 milhões de pessoas

Ola Gente!

A AMME Evangelizar em comemoração aos seus 10 anos de ministério lançou a Campanha BRASIL2010 com o objetivo de alcançar 20 milhões de pessoas através de 10.000 igrejas no Brasil. Como se vê no artigo abaixo, apesar de já terem conseguido bastante coisa, eles precisam de mais pessoas envolvidas. Leia, se envolva, divulgue.

Abraços 

Lauberti Marcondes

http://diaconia-integral.blogspot.com


Desafio: Campanha BRASIL2010

O Senhor tem nos orientado a orar pelo crescimento de nosso ministério pedindo mais trabalhadores para nos ajudarem na grande colheita que estamos fazendo. Pensando nisso, quero convidar você a orar conosco de maneira bem específica, pedindo trabalhadores para nos ajudarem a vencer os desafios que estamos enfrentando nesse momento. Com a celebração dos 10 anos de fundação de nosso ministério, senti a direção do Senhor para fazermos algo ousado: envolver o dobro de igrejas que temos ajudado a cada ano e alcançar o dobro de pessoas que temos alcançado. Assim nasceu a campanha BRASIL2010, para alcançar 20 milhões de pessoas com a mensagem do Evangelho, envolvendo 10 mil igrejas. Nós estamos caminhando firmes nessa direção. Já cumprimos quase metade desse desafio e isso não é pouco. Treinamentos aconteceram em todo o Brazil, milhares de irmãos e igrejas já foram motivados, treinados e receberam material para evangelizar. Os testemunhos estão chegando e o Reino de Deus tem sido estabelecido. Mas ainda há muito o que fazer. A seara é grande e precisamos de trabalhadores. Ore conosco pelos trabalhadores que precisamos:

Articuladores: Irmãos bem relacionados com as igrejas de sua região, que se disponham a conversar com pastores e líderes de evangelização para informá-los da campanha e motivá-los a se envolverem. Pessoas que tenham fácil acesso aos meios de comunicação (internet, TV, rádio, jornais e revistas) e que se disponham a divulgar amplamente a campanha.

Facilitadores: Irmãos que amem e estejam qualificados para o ensino, que possam ser treinados para treinarem a outros, reunindo as igrejas de sua região e preparando-as para desenvolverem um trabalho de evangelização consciente e bem feito, para que alcancemos mais resultados.

Telemarketing: Irmãos que sejam hábeis na comunicação por telefone e que queiram nos ajudar nos contatos telefônicos, convidando igrejas para os treinamentos, articulando a retirada de materiais, solicitando relatórios, apresentando o ministério etc.

Transportadores: Irmãos que tenham transportadoras, caminhões, ou que disponham de combustível, para nos ajudar com o transporte de materiais em todo o Brazil, partindo de nossos armazéns em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza.

Provedores: Irmãos que possam prover espaço para a armazenagem de nossos materiais mais próximo das igrejas que estamos atendendo. Precisamos de espaços com 10 m2, de fácil acesso, com pessoas que possam zelar e entregar os materiais às igrejas conforme as nossas autorizações de retirada.

Assistentes: Irmãos hábeis na digitação e rotinas de escritório que possam nos ajudar com o grande fluxo de lançamentos e documentos gerados pela campanha: cadastros, autorizações, notas-fiscais.

Ore ao Senhor conosco. Comunique a outras pessoas essas necessidades. Apoie trabalhadores que queiram nos ajudar. Disponha-se a cooperar com essa obra. Nós estamos fazendo a maior evangelização que o Brasil já viu. Junte-se a nós! Para oferecer ajuda em qualquer uma dessas categorias, entre em contato com os missionários Julio Cesar juliocesar@evangelizabrasil.com; Eduardo de Carvalho eduardocarvalho@evangelizabrasil.com; Saulo Piloto saulopiloto@evangelizabrasil.com. Para mais informações sobre a campanha BRASIL2010 [clique aqui]




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domingo, 15 de agosto de 2010

Consolo em catástrofes - Margaretha Adiwardana

Olá Gente, artigo interessantíssimo da Margaretha N. Adiwardana, coordenadora da Rede SOS Global, sobre uma teologia de ajuda em catástrofes baseado no livro de Jeremias
 
Abraços

Lauberti Marcondes
http://diaconia-integral.blogspot.com
http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx?hl=pt-BR&tab=w0

Por uma teologia de consolo em catástrofes

No livro de Lamentações de Jeremias

A ocorrência de catástrofes com grande amplidão de destruição exige a presença dos cristãos em socorro às vítimas. As vítimas ficam em choque ao perder, em questão de minutos, tudo que construíram nas suas vidas – casas, bens, às vezes alguém amado da família, e com a possibilidade de ficarem feridas ou adoecerem por condições insalubres, sem moradia, comida e nem água. O seu chão foi tirado. A terra, que deveria ser a base onde os pés se firmam, tremeu. A casa engolida por deslizamento de terra. A água limpa que traz vida e sacia a sede, trouxe a morte e destruiu os seus meios de sustento. Tudo que provê vida se torna incerto e traiçoeiro.

As pessoas ficam desesperadas e desesperançadas quanto ao futuro quando a base da sua vida foi eliminada. Perguntam-se o que foi que aconteceu. Como o Criador da natureza deixou isso acontecer? Quem é esse Deus? Muitos pensam que a mão de Deus pesa sobre eles. Em alguns casos, preferiram morrer junto com os seus amados e vendo o sonho da sua vida desaparecer diante dos seus olhos. Sentem-se culpados de não terem morrido juntos e por não conseguirem salvar os seus familiares. 

Ao prestar ajuda para sobreviver física e materialmente, é necessário também ajudar a retomar a vida com esperança, sem medo do futuro, nem amarguras contra o Criador, não perdendo a fé, mas se aprofundando na dependência de Deus. Mas como os socorristas podem acalmar o medo e apresentar respostas? Eles mesmos ficam abalados diante de tão grande sofrimento. Ajudam calados e chorando juntos. Falam de coisas irrelevantes para quem está com sofrimento atroz. Acabam apresentando a Palavra de Deus que aos ouvidos das vítimas soa como incompreensão, exigência, colocando mais fardo na condição delas. Alguns se mantém alheios. Outros julgam como punição pessoal e merecida de Deus.
     
O contexto do sofrimento necessita de compreensão bíblica, tentando entender do ponto de vista de Deus como diretriz da ação para ministrar de forma relevante. Um modelo seria o livro de Lamentações de Jeremias, que chorou ao ver a desolação de Jerusalém destruída, mas que não perdeu a esperança por se apegar na misericórdia infindável de Deus. Harrison comenta que "Soberania, justiça, moralidade, julgamento de Deus e a esperança da benção no futuro distante são temas que surgem com grandeza solene das cadências de Lamentações." Há muitas paralelas da situação mencionada por Jeremias. O sofrimento diante da destruição foi pessoal e coletivo, físico, material, emocional e espiritual (3:4-6). 

Lamentações 3

I. Necessidade de conhecer a época – contextos

1. Contexto de sofrimento: O livro inteiro menciona um contexto de grande sofrimento, destruição da cidade inteira e dos seus muros, crianças morrendo de fome, mães desesperadas, moças desoladas, jovens mortos e levados ao cativeiro, sem mais sacerdotes, nem profetas ou príncipes. Lamentações se faziam em situações de luto e aqui era luto nacional.

2. Contexto de grandes pecados como causa fundamental do sofrimento em geral. No caso em Lamentações, o pecado foi nacional e coletivo. Em catástrofes, há causas diretas e indiretas. As diretas seriam guerras e violências provocadas humanamente. As indiretas seriam a ganância e exploração que provoca extrema pobreza e o aquecimento global, a corrupção de uso de material de qualidade inferior nas construções que não aguentam em terremoto e chuvas pesadas. Há outras que parecem falha da natureza como as placas tectônicas que se movem. Fundamentalmente, entende-se que o pecado humano ao romper com o Seu Criador trouxe a consequência da entrada do mal no mundo. O que foi criado bom, agora desanda. Jeremias mencionou grandes pecados (1:8, 14, 18, 22, 3:42; 4:6; 5:7), falsos profetas (2:14; 4:13), inversão de valores de Deus - escárnio aos justos, de injustiça social - exploração dos que não podiam se defender, perversão de justiça e direitos humanos – criação de  Deus, iniquidade abundante e atos abomináveis contra o que é sagrado.  

3. Contexto de perigo sério, perigo de vida (vs.53-55) – de morte física e de morte espiritual.

II. Jeremias reconheceu Deus como Senhor soberano sobre todos os contextos, conheceu o caráter d'Ele e, portanto, reconheceu os atos d'Ele e seus desígnios.

1. Reconhecimento da soberania de Deus v.3:38 – mal e bem ("desgraças e bênçãos" NVI) procede do Altíssimo. Tsunami, dezembro de 2004 provocou muitas discussões se foi punição de Deus. Os muçulmanos atribuíram castigo de Allah por algo que o povo fez, os hindus e budistas fizeram sacrifícios para aplacar a ira dos deuses ou dos espíritos.
2. Reconhecimento do amor, compaixão, misericórdias infindáveis e fidelidade do Senhor (vs.22-23 – hesed, grande amor, "carinho", compaixões no plural para intensidade, com raiz na palavra rehem = ventre materno, a bondade amorosa se renova a cada manhã). É a razão de não sermos consumidos, de estarmos ainda vivos.
3. Reconhecimento da justiça de Deus que não tolera pecado (v.34-36 – exploração, maldade, injustiça, perversão do direito – situação brasileira e de muitos países).
4. Reconhecimento que Deus tem o plano de levar o homem ao arrependimento, permitindo sofrimento, trazendo-o à salvação. V.31-33 "não aflige, nem entristece de bom grado os filhos do homem". Hoje continuamos a ouvir casos de conversões pós-tsunamis, de indagação dos povos pós-guerras e sua afirmação de que só Deus pode interferir e mudar, só Jesus pode acabar com as maldades que o próprio povo está cometendo contra os patrícios. Harrison afirma que "o autor de Jó e o de Lamentações reconhecem que uma reação positiva ao sofrimento é um pré-requisito à maturidade espiritual. Esta percepção é a base para a expectativa de que após a tribulação virá restauração e bênção, por causa da bondade de Deus, para um povo que realmente estiver arrependido."

III. A nossa reação de entendimento e convicção da justiça e misericórdia de Deus, que quer levar todos à salvação, leva à ação.

· V.21 trazer à memória – "fará voltar ao coração", ao centro de afetividade, "o que pode me dar esperança" – a misericórdia infindável de Deus para com os homens;
· Não questionar, mas entender os atos de Deus (vs.37-39), castigo de pecado para levar ao arrependimento (vs.31-33). Stephens-Hodge ao comentar sobre crianças de peito que desfaleciam em busca de pão, "Sofrimento tal como esse é sempre um profundo mistério: mas nem mesmo uma criança pode ser considerada isoladamente". W.F. Adeney "É uma monstruosidade acusar a providência de Deus por causa das conseqüências das ações que Ele tem proibido". Na soberania de Deus, nada pode acontecer sem a permissão d'Ele. Quando Ele permite sofrimento, na Sua misericórdia fará emergir o bem do mal (Rm. 8:28).
· Sentir junto ao ver (v.1) – pessoal e corporativo como Neemias na confissão de pecado do povo. "Sofrimento pessoal (de Jeremias) e representante típico do povo" (Gaster).
· Lamentar com sinceridade, colocando-nos juntos no sofrimento e no pecado da humanidade, vs.40-42, na identificação com a pecaminosidade humana.
· Rogar, clamar com choro incessantemente até a misericórdia de Deus se manifestar, os pecadores se arrependendo, vs. 49-51. Harrison diz que podemos acreditar em uma divindade tão imutável e digna de confiança, e orar em completa submissão à Sua vontade soberana, que Ele olhe novamente com favor para seu povo. 
· Advertir e proclamar para levar ao arrependimento, v.29 – "ponha a boca no pó", a forma oriental de reconhecimento da indignidade, se prostrar em submissão total.  

IV. Ter certeza do final de todas as situações
· Deus ouve o clamor do Seu povo - v.56.
· Deus vem e se faz presente - v.57.
· Deus consola e assegura - v.57b "Não temas".
· Deus defende dos inimigos - v.58 – punição dos inimigos.
· Deus salva - v.58b "remir a minha vida".

Walvoord e Zuck mencionam sete princípios da natureza da aflição de Israel:
(1) Aflição deve ser aguentada com esperança na salvação de Deus, ou seja, a restauração final (3:25-30).
(2) Aflição é somente temporária e é amenizada pela compaixão e amor de Deus (vs.31-21).
(3) Deus não se regozija na aflição (v.33).
(4) Se a aflição vem por causa de injustiça, Deus a vê e não aprova (vs.44-46).
(5) Aflição ultimamente veio por causa dos pecados de Judá (3:39).
(6) Aflição deve cumprir o objetivo de trazer o povo de volta para Deus (v.40).
 
Devemos pregar o arrependimento igual como fazemos em qualquer situação também de bem-estar. Mas também devemos assegurar da misericórdia de Deus. A diferença está na ministração efetiva integral em contexto de grande sofrimento. Primeiramente nós mesmos precisamos ter o coração de compaixão, de identificação com o sofrimento dos povos e com a pecaminosidade do ser humano, chorar compungido rogando a Deus pela misericórdia, e a agir com compaixão como socorristas.

"O âmago do poema, tanto literal como espiritualmente, é a passagem central do capítulo central. Cinco vezes ocorre a palavra 'esperança'. A aflição cumpre seu trabalho de humilhar (v.20). O sofredor compreende o seu significado e grita: tenho 'ESPERANÇA' (v.21). A nova esperança está apenas em Deus, como mostra o contexto. Isso é de novo enfatizado quando o poema termina -         
"Tu, Senhor, reinas eternamente' (5:19). A oração final do poema será ainda cumprida, 'Renova os nossos dias como dantes' (5:21)." Baxter

E quanto à pergunta de todo o tempo de "Por que o justo sofre?", quanto aos inocentes sofrendo grandemente em catástrofes? "Ultimamente há profundidade nas ações de Deus que o homem finito não pode entender. A revelação de Deus em palavra e em ação mostra consistentemente sua justiça e amor em aliança; porém há sempre um resíduo de experiência humana que exige que curvemos a uma sabedoria alta demais para nossa compreensão. Encontramos o exemplo supremo na cruz e no grito de Jesus em Marcos 15:34. Por isso cada teoria fácil da Expiação tem falhado há muito tempo, pois há profundidades no Gólgota que passa a compreensão humana. Somente quando na glória veremos o livre arbítrio e a predestinação reconciliados que também compreenderemos como a soberana vontade de Deus é compatível com sua justiça e amor de aliança com o seu povo." H.L. Ellison
  
"A minha porção é o Senhor, diz a minha alma, portanto, esperarei nele".
Lamentações 3:24



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Bibliografia
Baxter, J.Sidlow, Examinai as escrituras, Jó e Lamentações, Vida Nova, 1993.
Harrison, R.K., Jeremias e Lamentações, introdução e comentário, Vida Nova, 1996.
-----------, Introduction to the Old Testament, Tyndale, London, 1970.
L.E. H Hodge in "O Novo Comentário da Bíblia", p.785, Vida Nova, SP, 1985.
Ellison, H.L. in "The Expositors Bible Commentary, Old Testament", Vol. 6, p.699, Zondervan, Michigan, 2002.
Keil, C.F., Introduction to the Old Testament, Hendrikson, Mass., 1991.
Walton, J. H., Matthews V.H., Chavalas M.W., The Bible Background Commentary, Old Testament, IVP,
Downers Grove, 2000.
Walvoord, John F. e Zuck, Roy B., edit., "The Bible Knowledge Commentary", p. 1210, Victor, Colorado, 2005.

AUTOR

Margaretha N. Adiwardana

É Presidente/Fundadora da AME, membro da Missions Commission da WEA – World Evangelical Aliance; missionária associada da IEM – Indian Evangelical Mission, professora de missiologia, coordenadora da Rede SOS Global.

Fonte: http://www.vidanova.com.br

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Empreendedorismo e Inovação - Brasil Competitivo

Olá Gente!

O professor Wellington Fernades indicou o Endeavor Brasil como fonte de material e palestras sobre empreendedorismo e no dia 27/07 aconteceu o 8º Congresso Internacional Brasil Competitivo, em São Paulo.  O artigo abaixo trata da fala de Luciano Almeida, Secretário Estadual de Desenvolvimento, sobre a importância da matéria ser inserida no currículum do ensino médio. Levando em consideração o processo de formação cultural do povo brasileiro, isso poderia contribuir para romper o estigma de explorados e exploradores. Nós também podemos contribuir para ajudar na formação de um povo empreendedor, que não se coloque na situação de vítima e mendigo social, além de apontar para um modelo onde o desenvolvimento não ocorra as custas do meio ambiente e exploração das pessoas, mas que seja algo que traga desenvolvimento social.

Abraços
Lauberti Marcondes

Cultura da Inovação passa por mudanças no ensino médio

Uma mudança profunda na cultura da inovação no Brasil passa necessariamente por uma modificação na lógica na educação, defende o secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Luciano Almeida. Para o secretário, que participou na terça-feira (27) do 8º Congresso Internacional Brasil Competitivo, em São Paulo, a disciplina de empreendedorismo deve fazer parte do currículo do ensino médio.

“A grade curricular no Brasil está desfocada. Por isso, há uma grande evasão escolar. O que os alunos aprendem não condiz com a realidade que vivem em casa ou na rua”, disse ele. “O pré-adolescente e o adolescente precisam incorporar conceitos inovadores e levá-los para os negócios da família, de amigos, ou criar sua própria empresa no futuro.”

A idéia é corroborada pelo presidente do Conselho da Endeavor, Beto Sucupira. “Técnicas de resolução de problemas não são administradas em nenhuma escola de administração do país. Problemas são o que mais existe nas empresas. Para solucioná-los é preciso ousadia e inovação. A educação empreendedora deve começar cedo e se estender por toda a vida acadêmica do individuo, seja para trabalhar como empregado ou como empregador.”

No evento, representantes de multinacionais, de universidade e empresários brasileiros debateram os rumos da inovação no País. “Hoje, quando pensamos em inovação, o principal gargalo é encontrar mão de obra qualificada”, disse Jorge Audy, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUC do Rio Grande do Sul. Segundo ele, o papel da educação é fundamental para o desenvolvimento da cultura inovadora no país.

Neste ponto, segundo ele, as universidades, mais que formar, têm de qualificar os alunos. “Existe um grande número de alunos que passam no curso, mas desistem. O número de evasão chega a 75%. É preciso acabar com isso”, disse.

O fundador do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau, disse acreditar que o verdadeiro processo de inovação está subdimensionado no país. “A nossa cultura histórica forma militantes, gente que pensa pouco e obedece muito. A prosperidade da sociedade está diretamente relacionada à inquietação das pessoas.”

Reforma tributária e fiscal

Além da educação, os debatedores reafirmaram a importância da inovação no setor público. “Para o Brasil crescer é importante vencer obstáculos, como por exemplo, a reforma tributária, a legislação ambiental, a burocracia, questões trabalhistas e atraso na educação”, disse Gerdau.

Segundo Sucupira, atualmente o Brasil investe apenas 1% do Produto Interno Bruto em inovação, sem foco e eficiência na sua aplicação. “Investimos pouco e mal. Precisamos cobrar do governo a promessa feita em 2003 de chegar a investimentos de 2% do PIB. O prazo se esgotou em 2006.”